
Olho para o espelho e nada vejo além de uma alma vazia, os olhos inchados parecem pesados e a sobrancelha mal feita carregada de cansaço. A boca toda cortada e os lábios ressecados, assim como o cabelo que já esta num tom loiro amarelado.
O coração palpita e a veia pulsa dentro de mim, muito rapidamente. Meus devaneios tolos são capazes de me matar − digo.
Vou até a cozinha, encho uma pequena doze de conhaque e bebo de uma só vez, fui até a varanda olhar a lua, porém ela não havia se apresentado aquela noite. Que porre. Mundo desabando lá fora e aqui dentro, sem nenhuma lua no céu.
O vazio que me acompanha resolveu gritar dentro de mim, o que me fez gemer de dor, enquanto enchia de porradas a parede branca da sala.
Tudo o que eu precisava era de um amor que me completasse, tudo o que eu mais queria era alguém para estar aqui e dividir essa dor comigo para então dela não restar mais nada.
Olha só pra mim, veja só, eu estou um caco.
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